terça-feira, 12 de março de 2013

Então sigo assim, penso em você, sorrio e rezo, peço pra Deus cuidar da gente...

  Cansei, cansei de me sentir só mesmo com alguém deitado ai meu lado. Cansei dos dias iguais, da rotina que pra tudo não tinha dinheiro. Cansei de mim e de me deixar sempre em última opção. Cansei de mentir pra mim, pra ver se dói menos. Cansei de sentir o coração bater mais forte, com uma sensação de arrependimento, de erro. Cansei, de tudo que estava me sufocando, de você não dizer o que realmente queria, o que realmente sentia. Cansei de ter medo de ser traída, ou de ter a certeza de que não me amava mais. Foi então que falei besteiras e entreguei a aliança, fiz charminho e sai por aquela porta com a tola esperança de que viria atrás de mim, sentei no meio fio da esquina de sua casa e esperei, esperei até cair na real que realmente tudo tinha mesmo acabado. Tive vontade de voltar e dizer,"- Ei não quero te perder", e acabar em teus braços com aquele fogo que cada reconciliação fazíamos. Então chorei, chorei o choro mais profundo, antigo e verdadeiro que já chorei em toda a minha vida. Um choro daqueles contidos pela eternidade. Chorei por não ouvir “- eu te procurei pra saber se você tá bem”, só pra sentir uma dor menos doída dentro do peito. Naquele momento eu só queria um colo para encostar minha cabeça e fingir que o mundo lá fora não existia, só queria um abraço daqueles que te sufoca de tão apertado e te protege de tudo. 
Foram 3 semanas chorando todos os dias sem fim, como era difícil saber que você não ia voltar mais. Comecei a me recordar rapidamente de todas as pessoas e coisas que perdi por ainda não estar preparada para elas, ou por ainda ter muita curiosidade do mundo e dificuldade em ser permanente.
Foi difícil, difícil demais entender essa dor de perder alguém no qual tanto se ama e quer por perto! Me agarrei nas lembranças de tudo de bom que vivemos, sem medo de ser clichê, de ser repetitiva. Comecei a lembrar da gente juntos, dos nossos assuntos, de como me entregou a aliança, de quando não nos importamos com o frio daquela noite que ficamos horas vendo as estrelas, do jeito carinhoso que éramos um com o outro, de como gostava de quando olhava para mim e dizia... “-Nunca tive alguém assim na minha vida”,como tínhamos liberdade  de dizer, de ter conversas sinceras e difíceis. Ria no meio de um soluço ao choro dos nossos apelidos incomum. Como sentia um imenso prazer na tua companhia, me sentia completa.
Comecei a pensar, muito na proporção que tudo isso foi tomando, no que nosso relacionamento foi se tornando. Pensei em como eu fui deixando certos sentimentos e sensações tomassem conta de mim.
Hoje estou bem, sinto ainda aquele nó no peito quando tenho vontade de te ligar. Cheguei a conclusão que o tempo seria meu remédio. Decidi seguir, apenas seguir em frente. Sem ferver. Sem baladas. Sem novas paqueras. Apenas sentir o luto que está em meu peito, e repensar nos erros que cometi. Sabe aquilo tudo que eu pensava ontem, a respeito de nós? Já não penso mais. Sei que deveria ter me importado menos com problemas pequenos. Às vezes um único dia é suficiente para viver experiências que fazem mudar os planos, a visão do mundo, as crenças, mas mais importante do que isso tudo, fazem mudar a percepção que tenho de você. Te amo, disso não tenho dúvidas, nem nunca terei, carregarei comigo também a certeza de que te amarei pra sempre.


"Já conheci muita gente, gostei de alguns garotos
Mas depois de você os outros são os outros

Ninguém pode acreditar na gente separado
Eu tenho mil amigos, mas você foi o meu melhor namorado

Procuro evitar comparações entre flores e declarações
Eu tento te esquecer

A minha vida continua, mas é certo que eu seria sempre sua
Quem pode me entender
Depois de você os outros são os outros e só..." 






Nenhum comentário:

Postar um comentário