sexta-feira, 22 de julho de 2011

Volte meu eu.

 E eu vasculho todas as gavetas, e armários, cada canto da casa, até de baixo da cama, numa tentativa desesperado de encontrar, ou melhor, reencontrar a Bruna racional, aquela Bruna que todos admiravam a sua força, e equilibrio emocional, cade, cade??
Aquela que jamais se desfazia de suas asas, que não acreditava em falsas promessas, aquela que não pensava em aperta o botão "foda-se" duas vezes, aquela que via o mundo com menos ilusões.
Parece hoje tudo tão mais difícil, mais longe, menos rock roll, estou tão down, estou tão confusa, sentindo falta de atitudes.
Estou em busca de respostas sem quais nem sei as perguntas, estou andando sem ao menos conhecer o caminho, estou acreditando em intensões sem ao menos saber se existem.
E eu acordo todos os dias na esperança de que ela volte, que volte com mais força, com mais sede de vida, com mais razão.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Caio Fernando Abreu falando para mim.

Acho que não precisava ser assim. É tudo tão forte, tão profundo, tão bonito, não precisava doer como dói. Eu não podia apenas sorrir quando me lembrasse de você? Mas acontece tipo assim: lembro do seu rosto, do seu abraço, do seu cheiro, do seu olhar, do seu beijo e começo a sorrir, é assim mesmo, automático, como se tivesse uma parte do meu cérebro que me fizesse por um instante a pessoa mais feliz do mundo, mas que só você, de algum modo, fosse capaz de ativar. Eu sei, é lindo. Mas logo em seguida, quando penso em quão longe você está sinto-me despedaçar por inteiro. Sabe a sensação de arrancar um doce de uma criança? Pois é, sou essa criança. E dói. Uma dor cujo único remédio é a sua presença. Então sigo assim, penso em você, sorrio, sofro e rezo, peço pra Deus cuidar da gente, amenizar essa dor e trazer logo a minha cura.

segunda-feira, 18 de julho de 2011


"E, mesmo assim, estarei sempre pronta para esquecer aqueles que me levaram a um abismo. E mais uma vez amarei. E mais uma vez direi que nunca amei tanto em toda a minha vida."

sábado, 16 de julho de 2011

Lispector

Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de.
Apesar de, se deve comer.
Apesar de, se deve amar.
Apesar de, se deve morrer.
Inclusive muitas vezes é o próprio 'apesar de' que nos empurra para a frente.

segunda-feira, 11 de julho de 2011



(...) Saber desistir. Abandonar ou não abandonar —
esta é muitas vezes a questão para um jogador.
A arte de abandonar não é ensinada a ninguém.
E está longe de ser rara a situação angustiosa ,
em que devo decidir se há algum sentido em prosseguir jogando.
Serei capaz de abandonar nobremente?
Ou sou daqueles que prosseguem teimosamente
esperando que aconteça alguma coisa?

[Lispector, Um sopro de vida].

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sonhe com aquilo que você quiser.


Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela
só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas
que passam por suas vidas.


Clarice Lispector